PEOPLE vs PEOPLE

Desde o dia 19 de maio, a Rumo de Cultura ocupa o Teatro Novelas Curitibanas Claudete Pereira Jorge com a montagem: PEOPLE vs PEOPLE, de Diego Marchioro, Fernando de Proença e Isabel Teixeira. A temporada, gratuita, segue até o dia 29 de maio.

Crédito – Elenize Dezgeniski.

No centro da cena, uma entrevista aparentemente comum aos poucos se transforma em julgamento. Os dois atores explicitam a manipulação de discursos que, retirados de seus contextos, podem incriminar e condenar.

PEOPLE vs PEOPLE é a segunda peça do projeto Te(a)tralogia que irá abranger quatro peças criadas por um mesmo grupo de artistas. Como base para a construção de uma linguagem própria, todas as peças têm como fio condutor a questão da manipulação em períodos específicos da história mundial.

O foco principal é contar uma história que se desdobre num questionamento atual: até que ponto somos manipulados pela rede de sistemas visíveis e invisíveis que nos rodeiam? Temos real consciência dessa manipulação? É possível, nos tempos atuais, realizar o exercício de distanciamento histórico que nos permite entender o contexto onde estamos?

A primeira peça da Te(a)tralogia foi LOVLOVLOV – peça única dividida em cinco choques, que estreou em Curitiba no ano de 2016, cumprindo temporada em cidades do Brasil até 2018. PEOPLE vs. PEOPLE é explicitamente sobre censura.

Crédito – Elenize Dezgeniski.

A peça com estética minimalista. rearticula e mistura, na cena, discursos públicos de Andy Warhol, Adolf Eichmann, Charles Manson, Didi Huberman, Diego Marchioro, Fernando de Proença, Franz Kafka, Guilherme Mazeiro, Helio Oiticica, Hilda Hilst, Isabel Teixeira, John Kennedy, Leonilson, Otávio Rêgo Barros, Oswald de Andrade, Paul O’Connor, Phillipe Caubère, Sirhan Sirhan e Vincent Bugliosi.

Em PEOPLE vs PEOPLE, o personagem principal é o discurso. Com o intuito de “aumentar a frequência” dessa figura do manipulador, optou-se por eleger a narrativa de um discurso coerente enquadrado numa realidade distorcida. A linguagem dos tribunais dá o tom da fala dos atores em cena. A ação é uma entrevista que aos poucos se transforma num julgamento.

A construção dramatúrgica concentra diferentes discursos numa mesma linha, aparentemente coerente, convincente, persuasiva. Numa primeira parte da peça o espectador é levado a aceitar o discurso apresentado como uma realidade possível. A quebra da estrutura se dá quando a manipulação e a consequente descontextualização do discurso alteram o rumo da ação, invertendo a marcha dos acontecimentos e precipitando o desenlace. O que nos resta é o horror em seu sentido trágico.

Este projeto é realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, realização Rumo de Cultura.

CORPO DE CRIAÇÃO

Texto: Diego Marchioro, Fernando de Proença e Isabel Teixeira
Direção: Isabel Teixeira
Atores: Diego Marchioro e Fernando de Proença
Luz: Beto Bruel
Trilha Sonora Original: Edith de Camargo
Músicas Originais: Ná Ozzetti e Kiko Dinucci
Corpo: Elke Siedler
Figurino: Paulo Vinícius
Consultoria de Cenário: Paulo Vinícius
Vídeo: Paulo Camacho
Foto: Elenize Dezgeniski
Ilustrações: Atelier Fora de Esquadro/ Isabel Teixeira
Técnico de palco e operador de luz: Augusto Ribeiro
Assessoria de Imprensa: Fernando de Proença
Direção de Produção: Diego Marchioro
Produção Executiva: Cindy Napoli
Realização: Rumo de Cultura

SERVIÇO

de 09 a 29 de maio – qui. à sab. sex. às 20h – domingos 19h

Teatro Novelas Curitibanas – Claudete Pereira Jorge
(Rua Presidente Carlos Cavalcanti,1.222 | São Francisco |, Curitiba – PR,
Telefone: (41) 3321-3358)

ENTRADA FRANCA * ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão – sujeito a lotação

RUMO DE CULTURA:
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